Espuma de amor
Espuma de amor
Contavas em brincadeira os elos da espinha dorsal
Numa reconciliação que esperei até hoje afinal
As horas que perdi numa lenta ausência saudosa
Hoje sonho o que esperei numa espuma amorosa
Pouco importa os desalentos dos passados
Por entre estes sais balsâmicos perfumados
Um quarto com essências de amor dispersas
O sabor de um beijo na rubra volúpia das esperas
A simplicidade das delicadezas ao pormenor
O corpo sedoso num dourado em fulgor
Um sentimento novo que lateja novamente
Num corpo que se deseja e te vive docemente
E no céu azul do quarto com vista para o mundo
Há uma janela que te procura num olhar profundo
Luísa Rafael
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Porto, Portugal