Pouco é muito
Na fronteira da mente ausente
Dentro de um mundo inexistente
Me aprecio brevemente
E olho o reflexo de frente
Nada além de um delinquente
Do sentido impotente
De ar benevolente
Na busca de algo envolvente
Viveu pouco
E pouco é muito
O muito falta
E pouco sobra
Como um tudo
Dentre um nada
Nessa doença do existir
Agradeço as incertezas
Na trama do ir e vir
Entre o pouco e muitas belezas
Em meio ao caos e a serenidade
Na busca constante por algo a mais
Escrevo poesias em próprias realidades
E a mente se ausenta da lei dos mortais