A poesia do mar
A poesia do mar
Aquelas nuvens que o céu sempre aguenta
O azul que se veste numa ameaça cinzenta
A linha do horizonte imaginária e turva
A espuma que se cansa e se perde numa curva
Aquelas areias sedentas das salinas marés
O verde água das algas enlaçadas nos pés
O cheiro inconfundível da maresia que aparece
O dia que já foi dia e de repente anoitece
Aquelas ondas num silêncio meu inquebrável
A brisa que assobia num toque agradável
O pensamento de quem por ironia nem sequer o sente
A poesia do mar que me beija docemente
O oceano imenso que transborda o verso do poema
O sentimento intenso que me abranda e serena
Luísa Rafael
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Porto, Portugal