COLETÂNEA DE POESIAS
ZÉ POVINHO
Coitado do Zé Povinho,
Que não tem onde morar,
Vive perdido sem ninho,
Sem migalhas pra fome matar.
O governo quebrou que apartou,
O país mais rico do mundo,
Nenhuma migalha restou,
Raspou o tacho no fundo.
O governo tem a coragem,
De dizer que nada roubou,
Desafia com vil engrenagem,
Mostrar que nada levou.
Querem implantar no Brasil,
Um sistema de ditadura,
Da pior qualidade vil,
O país vai virar loucura.
Não tem mais em quem confiar,
A danada da corrupção,
A todos ela quer abraçar,
Tenho pena desta nação.
Fortaleza, 22/10/2015.
FINANÇAS DO MEU BRASIL
Das finanças do meu Brasil,
Rasparam até o tacho,
Deram o golpe mais viril,
Isso é só o que eu acho.
Exportaram dinheiro por baixo dos panos,
Secaram todas as fontes,
Orquestraram o mais terrível dos planos,
Roubaram as estatais aos montes.
Facilitaram a entrada das drogas,
Faliram as Forças Armadas,
Desmoralizaram até as togas,
Deixaram a casa toda desarrumada.
Terríveis ladrões de colarinho branco,
Mamaram nas tetas da nação, até a última gota,
Brasileiros vejam que estou falando franco,
O nosso país está uma boca-rota.
Nossos governantes aliados com o mal,
Fizeram da mãe gentil, uma casa de mãe joana,
Roubaram sem pena, sem dó e sem igual,
Deixaram o país nocauteado na lona.
Fortaleza, 21/10/2018.
JOIA PRECIOSA
Tu és joia preciosa,
Lapidada com carinho,
Dentre todas a mais formosa,
No meu peito tens cantinho.
No teu brilho tem uma luz,
Que encanta e dar prazer,
Aos meus olhos enfim seduz,
Coração fica a bater.
Fostes por Deus esculpida,
Com uma beleza sem igual,
Como rosa bem florida,
De um perfume natural.
És uma bela escultura,
Traços finos duma deusa,
És para mim a formosura,
Com dotes de realeza.
Tu és para mim a luz que brilha,
Lá no alto do esplendor,
Que ilumina minha trilha,
Na procura do Criador.
Fortaleza, 20/10/2016.
NÃO LEVO NADA
Da vida não levo nada,
Só quero um pedaço de terra,
Pra descansar da jornada,
No cemitério lá da serra.
Com meus ascendentes encontrar,
Quem sabe matar saudade,
Novos horizontes desvendar,
Sobre o manto da caridade.
Quando vejo o azul do céu,
Engrinaldado de estrelas,
Deslumbro o manto de um véu,
Pintado de aquarelas.
Quero me sentir com os meus ancestrais,
Numa festa só de almas,
Viver momentos divinais,
Esquecer de quaisquer traumas.
Abraços numa só emoção,
Unidos pela força do amor,
Ouvir dos anjos a mais linda canção,
Que ecoa no esplendor.
Fortaleza, 20/10/2018.