Pulmões de ferro
Já vi rios tão grandiosos
Quanto o céu no fim da tarde
Já presenciei mortes tão dilaceradas
Quanto uma alma abandonada
Já senti os cheiros dos seres vivos
Que permeiam as cidades
Que respiram com seus pulmões de ferro
Que choram lágrimas apáticas
Que olham
Sem olhar para trás