Anjo Rebelde
Viva-se a vida vadia,
De maneira insaciável,
Na mais pura melodia,
De um anjo apraz em candura.
Ou sua própria loucura,
Num sentimento indomável.
Questionando os prazeres,
Que não o fazem feliz,
Propiciando os dizeres,
Jorrando essência de flor.
São só segredos do amor,
Que a mente pensa e não diz.
Penetra, faz um balcero,
Nos deixa aquem da razão,
Qual agulha no palheiro,
E sem a sam sanidade.
Alheio a sua vontade,
Mais um refém da paixão.
Amor faz, disfaz, refaz,
Dependente, independente,
E assim querer sempre mais,
Ser domador, libertário.
Neste sonho imaginário,
Viver infinitamente.
É no furô da paixão,
Sentindo-se inebriado,
Sente-se aquela atração,
Das artérias no pulsar.
E na explosão do amar,
Deixa-se ser dominado.
Numa inocente malícia,
Voraz fera ou mansidão,
Em sensatez da carícia,
E o desejo da libido.
Faz o coração despido,
Num instante de paixão.