Vive La Tyrannie
Desculpem-me, mas estou aqui
E se pensam que podem calar
Minha voz não é a única que ouvi
E não será a última a ecoar
E não vou me render nem me dar
Nem apenas dizer-lhes sempre sim
Se for isso que pretendem ganhar
Então vocês podem...
Não sei se me validariam ou não
Muito menos acredito em fadas
Pois sei logo o que todos dirão
“É bandido, não serviu às fardas”
Mas é que não vejo acorrentadas
A minha alma e mente assim
Mas se aguentais as sinas massacradas
Então vós podeis...
Estar de pé para a multidão vazia
Ou diante de carrascos fuzis
Não me empalidece nem tremeria
Não creio na santidade dos vis
Nem nas histórias dos febris
Que mentem e cospem em motim
E se acham que primaverão os abris
Então eles podem...
Dou minha garganta ao corte
E meu peito aos insetos de metal
Se assim quer, me doo à morte
Mas jamais brincarei esse carnaval
E se ainda for necessário o mal
Defendo seu direito de odiar sem fim
Se for pela liberdade em geral
Então você pode atirar em mim