Os meus sonhos
Os meus sonhos
pensei haverem
morrido de inanição -
cadáveres no túmulo
do subconsciente -,
quando me deparo
com antigos pensares
sobre minha passagem
por este mundo.
Tomei-os, sequei-os
da severidade do formol,
olhei-os nos olhos e repeti:
aqui fora o mar é de decepção,
por isso o desapego.
Coloquei-os na esteira da vida,
como que por si só conduzisse à saída.
E lá estão, buscando sol à realidade
de uma existência comprida.
Corrompida
mortalidade.