A máscara do artista



A máscara do artista

A lupa do olhar,
cria e recria, colorações;
Para camuflar
a lividez da vida.
Há bocas, que sorriem
com o coração a chorar.
Há olhos!
que escondem!
O seu dilúvio no olhar.
Apenas,
para alegrarem uma plateia.
De um teatro, de um circo.
De uma feira ambulante.
As palavras entoam.
Meigas, cativantes.
Hilariantes .
Destoantes,
do que a alma sente.
Porque o artista mente.
Há dor.
Mas os gritos.!
Os tornam trapezistas
da emoção.
E há alegria.
Trapalhice.
Brincadeiras .
Cantorias.
Dramatismo
Malabarismos.
Os rituais cénicos,
grandes ou pequenos,
conforme a envergadura.
O artista, tem uma cintura,
que molda à sua maneira.
Escondem a dor,
num rosto pintado.
Moldado.
Grotesco.
O seu estado de alma,
tem que ser adiado.
Está ali, para o público.
Para o ajudar a crescer.
a questionar. a interrogar.
a rir, e também a chorar.
Depois cai o pano.
O semblante do artista, modifica.
Muda a roupagem!
há outra fantasia!
Mas, são apenas momentos.
O pano torna a subir.
Põe a mascara e o riso.
Mais uma vez, sai do teatro da vida.
onde esteve por breves momentos.
A dor maior! fica para depois.


De T,ta
16-12-07
21,23
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 16/12/2007
Reeditado em 18/12/2007
Código do texto: T781079
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