Proteção
Na escuridão
Do teto branco
Do meu quarto
Embebido em sua janela
Tão protetora e fria
Eu tinha enclausurado
Lá fora, o sol.
Foi então que compus
O meu último verso,
Quando da mesma janela vi
Em peito largo e disperso
O que ninguém mais vil.
No meio
Da minha falsa imensidade
Também tinha deixado preso
Lá fora os céus
Com suas estrelas
E o firmamento.
Achando-me protegido
E seguro
Dentro de quatro paredes
De mais frio cimento.