Predestinação
Este poema sem rumo,
Destinado a ninguém
É além de tudo
O meu maior desespero.
Se desaba com a força
De um morto
Mesmo com o peso que tem,
A pena ao chão,
Que dirá o meu corpo
Com os pecados que leva
Da minha alma pagã.
Então,
Esse poema sem rumo
Que carrega o peso
Da minha inconsciência
Destina-se a juntar-se
À grama e ser pasto
Para o meu próprio consumo.