POEMAS NUMÉRICOS
POEMAS NUMÉRICOS
Os números das horas,
Amanhecem nas unicidades públicas das novidades.
O vazio ouvinte dos ruídos,
Transporta afastamentos.
Os alertas queimados do ter,
Materializam partidas.
Os pedaços do brilho caem,
No percurso da estabilidade molhada pelo sangue.
Pressas esfumadas,
Dissolvem o ar.
Cumprimentos contados,
Individualizam passagens.
O despertar do querer sábio,
Aventura-se com os gêneros,
No luto dos poemas.
Sofia Meireles.