Em conversa com minha mãe
Pela mesma razão - e sem saber porquê - sobrevivo os dias refletindo sobre quase todo ato que presencio
Um tom de voz
Um pássaro que canta e resiste na cidade de pedra
Pela mesma razão - e sem saber porquê -
Tomo café preto, sem açúcar, todo dia
E penso sobre os meus atos
Revejo meus passos
Na ânsia de ser melhor
Pela mesma razão - e sem saber porquê -
Desejo ter mais emoção e esperar que o outro tenha também um coração
Porque minha mãe insiste em me convencer de que ainda há esperança