Poeiras

Quando Deus tange o sol

Permeando as pálidas caatingas

Permitindo morrer de sede o gado

E de frio o homem,

Eu me resigno

À minha insignificância…

Pois também, da mesma forma

Tange Deus a terra

Por dentre asteroides e nuvens

Mais pálidas que violentas

Mais brancas que más…

Registra-se no imenso céu

As minúsculas partículas de um caminho

Que agora é poeira apenas,

Mas que já foram humanas um dia.

E só restam, para sermos de novo,

Esperança e humildade, porque amor,

já temos: Deus!

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 06/04/2023
Reeditado em 07/04/2023
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