Poeiras
Quando Deus tange o sol
Permeando as pálidas caatingas
Permitindo morrer de sede o gado
E de frio o homem,
Eu me resigno
À minha insignificância…
Pois também, da mesma forma
Tange Deus a terra
Por dentre asteroides e nuvens
Mais pálidas que violentas
Mais brancas que más…
Registra-se no imenso céu
As minúsculas partículas de um caminho
Que agora é poeira apenas,
Mas que já foram humanas um dia.
E só restam, para sermos de novo,
Esperança e humildade, porque amor,
já temos: Deus!