Desespero

Eu amo a humanidade

E a sua calmaria falsa,

Não fosse a intensidade

Do seu desespero

Por um nada que não surgirá

Em tempo algum.

Eu não gostaria

De estar por aqui agora

Tecendo esperanças

Aos aflitos,

Pois sou um deles

Perdido também no meio

Dos conflitos

Da minha própria existência.

Apesar de tudo,

Eu amo a humanidade,

Embora os nossos caminhos

Talvez não se cruzem mais.

Quando foi que nos perdemos?

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 06/04/2023
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