Desespero
Eu amo a humanidade
E a sua calmaria falsa,
Não fosse a intensidade
Do seu desespero
Por um nada que não surgirá
Em tempo algum.
Eu não gostaria
De estar por aqui agora
Tecendo esperanças
Aos aflitos,
Pois sou um deles
Perdido também no meio
Dos conflitos
Da minha própria existência.
Apesar de tudo,
Eu amo a humanidade,
Embora os nossos caminhos
Talvez não se cruzem mais.
Quando foi que nos perdemos?