AFOGADOS E ESQUECIDOS!
Quem é que se atreve a dizer
Que daqui é nativo? Que adotou este lugar?
E quantos aportam e dizem que amam,
Mas com atos, deixam a desejar!?
E diz que sente as dores desse povo,
Anseios de crescer e de desenvolver,
Que ninguém vê em quaisquer recantos!
Nem sempre praças enchem olhares,
Mesmo ruas e avenidas asfaltadas...
Traz a devida vênia para tantas senhorias.
Dessas massas que clamam a lida,
Mesmo a cultura que não emerge...
À procura de oxigênio e até guarida!?
E, como Berço de cultura,
Quando aqui já teve "Encontros Culturais"!?
De classe artística pujante e rica,
Com mais de três terços de quantitativos,
Por cada remanso dessa gleba!
Quem vê a prole que nasce desse folclore,
Onde o buscapé e o barco de fogo,
Tomam proporções mais que outras
Formas de Arte e de Escrita...
Dessa gente que faz da poesia,
Um refrão de música que tá na boca de todos!?
E, à boca miúda, parturientes dão a luz
A poetas mortos, antes mesmo de nascerem,
Afogados por quem cuida desse patrimônio,
Que não atinge quem necessita
Seja visto por todos, em todos os lugares!