RETALHOS TECIDOS!
E buscamos o amor maior,
Nas mínimas coisas vividas.
E poucos dão valor a pequenos atos,
Detalhes ínfimos que não levam a lugar nenhum!
E todos vivem em busca da felicidade,
Que só existe em pequenos gestos e atitudes,
Quase imperceptível, só percebe quem tem
Uma acurada sensibilidade!
Mas, quantas vezes descartamos
O melhor presente, no abandono proposital
De cada ente!
E, caminhamos dentre nossos próprios
Espinhos, criados e cultivados por nós.
Assim como a dor, que é um açoite profundo
Em nosso próprio âmago!
Mas, sobretudo, queremos colher pétalas,
De galhos ressequidos, só porque
Deixamos de regar!?
E, dentre mortos vivos, ensaiamos, todos os dias,
Nosso próprio funeral, mesmo inconscientes.
Quem nos levará à morada final!?
E, de incógnitas e de incredulidade,
Tecemos e vivemos com nossos medos,
Na colcha de retalhos do tempo,
Todos escrevem, em cada dia, a sua História!