DO QUE SOU
gosto do som habita a tempestade
sou o tipo de homem que olha as cores de vulcão
de tudo que almejo quase tudo é espanto
não estou no tom pastel das normalidades
não vai me encontrar no silêncio das catedrais
estou no ruído da pedra desgastada pelo balanço do mar
gosto do canto do fogo se atracando ao redemoinho
sou a pedra que desalinha a roda das diligências
sou oposição a tudo que é régua
de tudo que a rima que afaga eu não sou
sou o eco que ressoa do outro lado do precipício