Lua
Uma alma branca e delicada
Muito bem vestida,
com sorriso alegre
mas com a solidão no interior
um rosto belo
com uma alma perdida
sozinha no espaço
com um pensamento distante
com uma consciencia pesada
como se estivesse na gravidade de um buraco negro
como se todo seu exterior fosse desabar sobre a própria alma
e esmagar todos seus sentimentos, todas esperanças
Uma Aurélia por fora,
impressionando todos com a beleza,
com a luz, com a delicadeza
E por dentro, no íntimo,
as batidas fracas do coração
o som melancólico de um violoncelo
a silenciosa alma...
Sozinha na profundeza da escuridão
Soam passos solitários na mente
A noite se tornando dia
O frio cortando o seu espírito
Sentindo a pior dor...
A da solidão
Aquela que destrói mais que um sepukku
e faz as recordações voltarem a mente
Lembranças de um tempo distante
Lembranças de um sorriso
Lembranças do rosto
tantos detalhes naquele olhar
e pode recordar com perfeição
Momentos buscado
mas não sabe o caminho para encontrá-los
As vezes busca a dor da solidão
mas redescobre que a pior dor é a de estar perdido na multidão!
Esperando pela volta daquilo que nunca foi
Esperando chegar no fim daquilo que nunca começou
Esperando entender as pessoas, os sonhos...
Esperando entender as coisas inexplicáveis...
O paradoxo da vida!
Mas no fundo, basta entender que tudo é falso e superficial!