POEMA ESCURO
POEMA ESCURO
Poemas gerados pelo egoísmo do não,
Sabem do tempo.
O canto do talvez periódico,
Aconchega o paraíso.
A pessoalidade é um nascimento,
Escutado por elevações e descidas.
No voo da paz úmida,
O encantamento do sono,
Neutraliza as posses das aberturas.
As esperas confusas do presente,
Oferecem tristezas ao tudo.
As improbabilidades do futuro,
Compreendem conclusões acompanhadas.
Pelas viagens dos desgostos,
Os tormentos das distâncias,
Sustentam entradas.
A quantificação das épocas,
Demonstra enganos.
O interior individual da criação,
Finge anoitecer o andamento dos enfrentamentos.
Os dizeres das vozes,
Transmitem prantos universais.
Caminhos solitários,
Publicam a escuridão.
Sofia Meireles.