Elegia de Mim Mesmo
Fervo,
danço,
me desmonto,
apareço em todos os teus pontos.
O neon
que eu julgo ser bom
escreve os teus contos
e desmonta o que eu remonto.
Reflexos rápidos relaxam os relicários
renascidos nos meus recantos
arredios e remontam os revolucionários
cantos mansos que me causam calafrios.
Eu sou eu, arisco e tão frio,
o ser mais grotesco que alguém já viu,
e eu sou eu, pintado em neon,
relaxado, descoordenado, não modelado para ser tão bom.