Chove amor

Chove amor

Se chovesse felicidades eu te daria uma tempestade

Talvez até movesse as nebulosidades para uma queda suave

Pediria ao vento que te beijasse com o perfume meu

Serpenteando no teu rosto com esta água que o céu ofereceu

Pediria à chuva que te escorregasse no corpo lentamente

Como se fosse a vibração da minha mão ardente

Que te segredasse ao ouvido cada suspiro guardado

No hálito que respiro vive a pulsação irreverente do pecado

Esperaria que orvalhasse um dilúvio de doces pingos de mel

Refrescando em alívio nos poros suados da pele

Que te molhasse a roupa esculpida e açucarada

Para que louca e perdida a tirasse numa sensibilidade extasiada

Mas se a chuva que peço não vier em gotas de transparente felicidade

Venha o sol quente do prazer que te ofereço no lençol da saudade

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 28/12/2022
Código do texto: T7681596
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