Domingo Blue
Os risos fartos rasgam a cara da verdade ,
Os olhos arregalam-se diante do imoral.
O corpo nu é ousado rola e cai do salto.
Em surrecedor silábica há o ato da fala.
O vento fecha os lábios cala o sólido
O ventre se contorce entre ditos e não ditos.,
Mastiga-se a língua é fere-se ia ouvidos.
Eu aqui do alto assusto o espetáculo.
Vejo as tuas retinas calar a tua sina,
Num bailado louco , solto e sem rima.
A desenhar no chão palavras frias
A verter a noção, sem prumo, sem direção.
Os autos a passarem rotulavam os sentidos,
O tom crepuscular no alfalto cru é molhado
Perdeu a harmonia, a razão num domingo Blue.