Ra.cha.du.ra
cartas cometem
o pecado de sonhar
esquecem a prece
pelas gavetas empenadas
inventam músicas
o calor o alvoroço
bebem vinho o inesperado
posando para a próxima palavra
com fome enlouquecida
desdenham do não
viajam no endereço
no prado só pensado
brincam de desejar
aprendem do grande amor
que não vêm
do que nunca mais
será cigarro
ou isqueiro