O LABOR DA VIDA
O labor da vida
Bem cedo, me colocaram.
Uma enxada na mão
e, um pequeno saco com sementes.
E disseram-me:
Ai está.
Com que vais ganhar o teu pão.
E, assim aconteceu.
Peguei na enxada,escolhi terreno
na imensidão da planura.
Preparei a terra, viva e ávida.
O grande útero da vida.
Preparei, coloquei as sementes.
Fertilizei, tapei, reguei.
Cuidei, para que se não perdessem.
Cresceram, floresceram, frutificaram.
Não foi assim de repente.
Pois continuei na labuta...
Mais tarde, descansei.
Olhei para a seara, prosperava.
E aqui está, de caneta na mão.
Sentada, olhando a safra.
Quem o fruto maduro colheu.
Podem crer!
Não foi empreendimento fácil.
Mas digo! Valeu a pena.
Com coragem e entendimento.
Aguentando o sofrimento.
Curando as feridas, que se abriam
com raivas, mas sem lamentos.
Parti pedras, alisei trilhos.
Desbravei, por sombras e temores.
Sangrei, de lágrimas e suor.
Mas, a palavra desistir?
Nunca esteve na minha lista.
Olhei o céu, muitas vezes.
E, pedia, que chovesse.
Para refrescar a minha existência.
Alisar vincos que teimavam,
em marcar a minha fronte.
E o sorriso aparecia...
E transparecia a alegria...
E o dia, tinha outra claridade,
que me animava a vontade.
Lavai as mãos calejadas,
que sangravam, sem queixume.
Do acaloramento da refrega.
Em charcos e aguas de fontes.
Passaram por mim,
invernos, verões e primaveras.
E, os outonos do desanimo,
se tomavam do meu sossego.
Que eram, as palavras, que saiam de mim.
Gritei de alegria e refulgi,
aos primeiros alvores de sucesso.
E, pois tive decepções!
E enfrentei as desilusões!
Não apaguei cinzas.
O vento se encarregava delas.
E de peito aberto, retomava a caminhada.
Dinâmica e persistente.
Com força e determinação.
O sim! era a minha afirmação.
Alcancei, o que pretendia.
As silvas e cardos espinhosos,
que atapetaram tantas vezes,
as sendas do meu destino!
Trasformaram-se em pétalas de rosa,
com cheiros a rosmaninho.
Uma mistura deliciosa.
Mas, também misteriosa.
A essência da minha vida.
Da tta
05-12-07
20;57
O labor da vida
Bem cedo, me colocaram.
Uma enxada na mão
e, um pequeno saco com sementes.
E disseram-me:
Ai está.
Com que vais ganhar o teu pão.
E, assim aconteceu.
Peguei na enxada,escolhi terreno
na imensidão da planura.
Preparei a terra, viva e ávida.
O grande útero da vida.
Preparei, coloquei as sementes.
Fertilizei, tapei, reguei.
Cuidei, para que se não perdessem.
Cresceram, floresceram, frutificaram.
Não foi assim de repente.
Pois continuei na labuta...
Mais tarde, descansei.
Olhei para a seara, prosperava.
E aqui está, de caneta na mão.
Sentada, olhando a safra.
Quem o fruto maduro colheu.
Podem crer!
Não foi empreendimento fácil.
Mas digo! Valeu a pena.
Com coragem e entendimento.
Aguentando o sofrimento.
Curando as feridas, que se abriam
com raivas, mas sem lamentos.
Parti pedras, alisei trilhos.
Desbravei, por sombras e temores.
Sangrei, de lágrimas e suor.
Mas, a palavra desistir?
Nunca esteve na minha lista.
Olhei o céu, muitas vezes.
E, pedia, que chovesse.
Para refrescar a minha existência.
Alisar vincos que teimavam,
em marcar a minha fronte.
E o sorriso aparecia...
E transparecia a alegria...
E o dia, tinha outra claridade,
que me animava a vontade.
Lavai as mãos calejadas,
que sangravam, sem queixume.
Do acaloramento da refrega.
Em charcos e aguas de fontes.
Passaram por mim,
invernos, verões e primaveras.
E, os outonos do desanimo,
se tomavam do meu sossego.
Que eram, as palavras, que saiam de mim.
Gritei de alegria e refulgi,
aos primeiros alvores de sucesso.
E, pois tive decepções!
E enfrentei as desilusões!
Não apaguei cinzas.
O vento se encarregava delas.
E de peito aberto, retomava a caminhada.
Dinâmica e persistente.
Com força e determinação.
O sim! era a minha afirmação.
Alcancei, o que pretendia.
As silvas e cardos espinhosos,
que atapetaram tantas vezes,
as sendas do meu destino!
Trasformaram-se em pétalas de rosa,
com cheiros a rosmaninho.
Uma mistura deliciosa.
Mas, também misteriosa.
A essência da minha vida.
Da tta
05-12-07
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