Silenciar o silêncio pra não mais sentir dor

Quando a garganta fere

Quando as lágrimas secam

Quando o sorriso não mais existe

Mas , persiste o nó na garganta!

Quando o amanhã se esconde

Nos esconderijos longínquos

Quando o agora vira fantasma

Quando a morte sorrir prostrada

Nos caminhos sem fim

Quando a carga pesa mais do que a alma

Quando a garganta grita a sangrar a dor que se avoluma

Quando faltam os alicerces

Os muros se engrandecem

As paredes sorriem do desgosto esquisito no varal

O sorriso morte no curtume

E as veias nos azedumes

dos varais sem tempo

É hora de sumir

Não fazer parte da paisagem

E da palidez anêmica

Perversa sem limites

O grito sem ecos explode

A coragem de abraçar a morte !

Pra sorrir mais tarde

Na escuridão do segredo que ninguém mais sabe!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 06/12/2022
Reeditado em 08/12/2022
Código do texto: T7666501
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