PRISÃO ESTILÍSTICA
PRISÃO ESTILÍSTICA
Os estilos da ficção,
Prosseguem na poesia de todos os nascimentos.
O trazer mágico das unicidades,
Preenche o guardar com a escuridão.
A relatividade do começo,
Faz dos dizeres,
Seres da noite.
O descer enumerado e universal,
Cospe virgindades pessoais.
Os mandamentos do egoísmo,
Esmagam exclamações preciosas,
Nos beijos da intensidade.
Dadas a horas de prazer,
As definições do bem,
Querem a bondade.
No cruzamento das demonstrações,
Os caminhos das idas distantes,
Atravessam aproximações.
Os meios crucificados do haver,
Estabilizam concessões.
As entradas e saídas das vindas,
Apropriam-se de honras.
Os percursos dos nomes,
Raciocinam sobre gerações.
O instinto andante do florescer,
Maldiz a sede.
No reino dos jogos,
O avesso pisa no desatar.
A fissura dos ruídos,
Embrulha exposições,
Como alimentos do nojo.
Os enfeites furtivos do fel,
Ponderam a morte à comiseração.
O enforcamento da gula faminta,
Quantifica as posses do habitar.
Toques colhidos,
Encostam-se a chegadas individuais.
Angelicais substituições,
Confortam a traição,
Com a sabedoria do tudo.
As mordidas do apego,
Voam rumo ao sangue.
O sopro do fogo,
Jura com negações.
As adversidades cantam,
Para a santidade das palavras presas.
Sofia Meireles.