Alma que me Acolhe
Alma que me Acolhe
No silêncio dos dias que seguem sôfregos
Lágrimas rasgam aos olhos o fulgor da juventude
Onde está a quimera que dançava a valsa dos ventos
Graciosa é a cantiga que assossega a saudade desse lamento
Foram-se as flores que adornavam a gentil primavera
Inverna os sonhos entre as palavras não ditas
Cansa-me estas horas de fingida alegria
Afãs desejos de reviver as mesclas de delírio e prazer
Adormeço na quietude que entorpece o sentir
Último refúgio a desvanecer as amarras do tempo
Sinto tua alma a envolver-me em beijos de inocentes acalantos
Afasta os fantasmas que assombram as ruínas da desilusão