Ninguém é forte ou notícia da saudade
para minha tia Márcia Carlota Breckenfeld
Do lado de cá, parte de minha infância chora sentada no sofá da sala
Daquela casa azul, na Avenida José Rufino
Do lado de cá, parte da pessoa adulta que acho que sou quer ser aquela criança de novo
Nos carnavais
Ou no sete de setembro
Ou nas tardes em que recortava revistas e tomava sustagen de morango para crescer forte
Forte.
Ninguém é forte perto da saudade que agora mora naquela casa azul.
Ninguém é forte.
E a sustagen mente nas embalagens.