ABRA A PORTA DA SENZALA

ABRA A PORTA DA SENZALA

Abra a porta da senzala

Sinta o odor que dela exala

É cheiro de gente sofrida

É cheiro de dor

De vidas que não foram vividas

Abra a porta da senzala

Veja o quão os negros sofriam

Entre dores e perseguição

Observe os lamentos tristes

Em vozes de oração.

Abra a porta da senzala

Veja os olhares cansados

Veja mãos calejadas

Pés feridos da exaustidão

Abra a porta da senzala

Veja a fome em labirinto

Implorando um pedaço de pão

Abra a porta da senzala

Ouça o gemido da noite

Tente sentir em seu corpo

O que o negro setia no açoite.

Abra a porta da senzala

Use a imaginação

Pense, repense e reviva

As amarguras da escravidão.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 07/10/2022
Reeditado em 25/04/2024
Código do texto: T7622501
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