Eu Vi.

Eu vi quando tua alma.

Foi forjada pelos deuses.

Enquanto os anjos cantavam.

Um hino na língua enoquiana.

Vi quando tu do cálice sagrado.

Bebesse água do rio da vida.

E teu nome foi gravado.

A fogo no livro da vida.

Vi quando rasgaste o véu do templo.

E abrisse os portais do paraíso.

E descesse as escada do destino.

Coberta pela neblina dos sonhos.

Vi quando teu corpo foi tecido.

E tua alma o incorporou.

No silêncio dos desejos.

Foste então feita mulher.

Vi quando tocasse a terra.

E com o aroma da flor se embriagou.

Teus olhos brilharam e um sorriso no rosto estampou.

Quando no céu a lua exuberante avistou.

Vi seus primeiros passos no caminho da vida.

Seus tombos derrotas e vitórias.

Seus amores paixões e saudades.

Que o tempo levou e deixou em teus caminhos.

Vi quando descesse a tumba.

Por séculos presenciei teu nascimento e tua morte.

E a tua alma quando pelo portal retornava aos deuses.

Para ser julgada pelos anciões eternos.

Vi tuas lágrimas de sangue.

Banhar a terra sagrada.

Quando do jardim da tua vida.

Foi tirada uma flor na essência do seu aroma.

Vi teu lamento e tua agonia.

Por dias e noite tentando entender.

Às tempestade que em teu caminho cruzou.

Clamando aos deuses misericórdia.

Vi quando a vida tentasse tirar.

E a morte de ti a fugir.

Pois não era o momento nem hora.

Tu ainda tinha uma missão nessa terra a cumprir.

Vi quando os deuses tatuaram em tua alma.

Cicatrizes de dor angústia e saudade.

Fechando teu coração para o amor.

Tornando tua vida amarga e cruel.

Vi quando entrou um poeta em tua vida.

E a porta do teu coração arrombou.

Com frases de amor que em poesias a ti declarou.

Te exaltando no altar do recanto dos poetas.

Vi quando os deuses do destino.

Conspiraram contra esse amor.

Colocando falsos amigos ao teu redor.

Que invejaram tua grande felicidade.

Vi quando esses inimigos conspiraram contra ti.

Falando falsas verdades ao teu coração.

Colocando armadilhas e arapucas em teus caminhos.

E por medo e orgulho tu se afastou desse amor.

Vi quando tu se assentou diante da dama de branco.

E nas cartas do destino tentou entender o porquê desse amor.

E mesmo sabendo que o amor era verdadeiro e puro.

Fraquejou teve medo de amar e não lutou pela felicidade.

Vi quando tu muitas vezes visitou a dama de branco.

E trabalho no mundo espiritual tu pedisse.

Para afastar os inimigos e os falsos amigos.

Que cobiçam tudo de ti até tua felicidade..

Mas nem feitiço magia mandinga o encanto.

Pode afastar duas almas gêmeas.

Quando o amor é puro e verdadeiro.

Sempre hão de se encontrar na próxima vida.

Dedicado a Ciganinha

Direitos Reservado ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 04/10/2022
Reeditado em 02/06/2023
Código do texto: T7620538
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