Palavras

Ah frágeis palavras!

Tão frágeis que se espalham

com o vento.

Tão desnecessárias

palavras

ao consumirem o tempo.

Precioso tempo

de estar em teus braços

e a provar dos teus beijos.

Mas vêem estas palavras

para encher o tempo

que era para te amar.

Tolas palavras

pontiagudas como setas

prontas para machucar.

Vou deixá-las ao relento

inúteis palavras

e trazê-lo pela mão

meu doce...

Cobrir tua boca com a minha,

findar esse suplício

e calar estas palavras

que teimam em me acusar.

Equivocadas palavras...

que não sabem olhar nos meus olhos,

que não sabem ouvir meu coração,

que não sabem tocar o meu corpo,

que não lêem meus pensamentos,

que não vêem

o quanto em meus sonhos te chamo.

Não sabem...

não sabem o quanto eu te amo.