Fátima

A menina que nasceu ali

Sua história eu escrevo aqui

E com lápis eu vou colorir

Ah bebê!

Foi crescendo, e com suas irmãs

Levantava todas as manhãs

No sorriso cheiro de hortelã

Aprender.

No domingo era interior

No olho d´água lá do seu avô

Foi um padre que abençoou

Já cresceu.

Quando moça um conde lhe sorriu

Um senador o seu peito partiu

Mas um doutor foi quem mais curtiu

Se casou.

Elegante, cheia de requinte

Um monumento para quem a pinte

Muito jovem, tinha apenas vinte

Engravidou.

O menino que foi o primeiro

Sem cueca andava o dia inteiro

Jogava bola, era muito arteiro

Mais um chegou!

O segundo era de janeiro

Só vivia em um cajueiro

E comia mais que um bezerro

Se mudou.

Rua nova, uma nova rua

Na calçada contemplando a Lua

E assim a vida continua

Envelheceu.

E chegou pra ela aquele dia

De findar a sua alegria

Sua vida, sua autoria

Descansou.

Oziel Celestino
Enviado por Oziel Celestino em 05/08/2022
Reeditado em 05/08/2022
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