Fátima
A menina que nasceu ali
Sua história eu escrevo aqui
E com lápis eu vou colorir
Ah bebê!
Foi crescendo, e com suas irmãs
Levantava todas as manhãs
No sorriso cheiro de hortelã
Aprender.
No domingo era interior
No olho d´água lá do seu avô
Foi um padre que abençoou
Já cresceu.
Quando moça um conde lhe sorriu
Um senador o seu peito partiu
Mas um doutor foi quem mais curtiu
Se casou.
Elegante, cheia de requinte
Um monumento para quem a pinte
Muito jovem, tinha apenas vinte
Engravidou.
O menino que foi o primeiro
Sem cueca andava o dia inteiro
Jogava bola, era muito arteiro
Mais um chegou!
O segundo era de janeiro
Só vivia em um cajueiro
E comia mais que um bezerro
Se mudou.
Rua nova, uma nova rua
Na calçada contemplando a Lua
E assim a vida continua
Envelheceu.
E chegou pra ela aquele dia
De findar a sua alegria
Sua vida, sua autoria
Descansou.