Guerra cotidiana

E vamos pendurando os dias nas gavetas

do tempo,

sobrevivendo as guerras cotidianas,

avante sempre

sempre

olhando taciturno com os olhos inflamados de revolta

envolto a uma realidade que despresa o ser

humano.

E vamos

avante

sob

o presente

metal das horas frias

dizendo:

bom dia para pessoas ruins

dando esperança

para pessoas que não merecem.

E vamos avante

rezando uma prece

com pressa

com os boletos vencidos,

e a guerra cotidiana

vai nos vencendo e tornando-nos

insuportáveis,

Intolerantes

aos programas imbecis

que passam na televisão

num dia monótono de domingo.

aBel gOnçalves
Enviado por aBel gOnçalves em 07/07/2022
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