Cortiços

Eis o que fizemos para morar

Quanto nos tiraram

Esperança, fé,

Lar

Cortiço

É a minha mente em verde

Não àquele da bandeira ao qual arqueiam

Contudo, verde lodo

Ao qual faz escorregar ideias pertinentes, danosas,

Amarelas,

Tão quão parte da bandeira que enaltece o ouro

Esse mesmo, o roubado dos meus ancestrais

Para fazerem,

Branquices

Branco, da paz

Deles

Tais quais tentam transformam nossos corpos em ferramentas

Nossas mentes em purgatório

Em suma, nos resumem a escuridão

Sim, somos pretos

Trajados de vermelho

Sangue

Que escorre em demasia e nos tornam

Bem mais do que cor

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 02/07/2022
Reeditado em 02/07/2022
Código do texto: T7550480
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