Quem sabe Ele que das coisas sabe...
“ao meu pai, que padece com enfisema pulmonar”
A cada dia que passa
sinto que estou te perdendo...
Vejo-te frágil, com medo da morte.
Você, antes forte, agora, tão acabadiço.
O corpo jovem ficou velho
na sua carcaça adoeceu,
com o tempo apodreceu.
Seu pulmão tornou omisso.
Quem de mim com capricho cuidou
Agora, a cada dia, morre devagar...
Sufocado, vive a procura de ar.
Percebo seu corpo quebradiço.
A dor e aflição é você que sente.
De angústia e impotência diante
do caso quem padece sou eu.
Agora, refém de Deus, submisso.
Quem sabe Ele que das coisas sabe
Salva seu corpo de todas as chagas.
Faça que com viva melhor, sem dor,
E, neste seu triste olhar, ponha viço.