Realidade

Depois de algum tempo estou aqui (04:08) com minha fiel companheira, a caneta. Com ela, me permito desenhar com as letras histórias do meu imaginário ou o que vi aqui e ali. Percorro o abecedário intimamente e me lambuzo nas verbetes para dar vida às melodias, por hora tristes.

O clima está frio e nada difere do coração humano. Minhas palavras disparam sem freio e revelam o ostracismo de alguém sem sentido, cheio de egoísmo. Os  ouvidos sao surdos para ouvir a si próprio e oxala as dores alheias.

Hoje, é essencial esconder o que sente. Seja amor, ódio ou indiferença. A vida se tornou uma rede social de aparências e nada mais. 

Oferece-se "likes" em forma de sorriso, amor nos elogios e no  coração há um deserto, de quem despreza  a  sofreguidão humana.

By Marcos Lopes (Alquimista das letras)
Enviado por By Marcos Lopes (Alquimista das letras) em 10/06/2022
Reeditado em 19/01/2023
Código do texto: T7535135
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