HABITAR VISITANTE
HABITAR VISITANTE
O habitar do sempre,
Conhece os movimentos periódicos,
Das demonstrações paradas.
Emissões desviadas,
Anoitecem e amanhecem na ansiedade.
A volta semeia,
O deixar irremediável,
Das frutíferas coberturas enterradas em atalhos.
Os lamentos, envelhecidos por espancamentos,
Possuem ritmos naufragados na exaltação.
A coletividade do levar,
Permanece povoada.
O encostar, dito em palavras,
Usa a definição dos suspiros.
A propriedade insone do ouvir,
Enumera visitas.
Sofia Meireles.