Súplica

Com a alma dilacerada, trêmula, em torpor

Chegou a mim nessa alvorada fria, imensa dor,

Que colocou-me num beco escuro, sem saída,

Num espaço lento onde parei combalida,

Estatelada diante de tão sórdida partida.

 

Amado, toquei no teu rosto imóvel, pálido

A acordar em mim toda nossa história.

Chamei pelo teu nome, implorei fica comigo,

Não ouves? eu insisto num último pedido.

 

Lembro nesse instante a nossa canção,

As juras de amor, o rouxinol das manhãs,

As tardes na calçada junto ao teu coração.

O meu batia de alegria, ficava em compulsão. .

Esse coração está aflito, descompassado,

Sofre com teu silêncio, com o adeus inesperado.

Escuta a súplica que te faço nesse hora .

Amor, já que não podes ficar, me leva embora .