EU NUNCA CHAMEI DE MAINHA
Eu nunca chamei de mainha,
aquela que era minha mãe,
a mãe minha.
Chamei de mãe, de mamãe,
mas devia ter chamado de rainha.
Mãe tinha uma fortaleza humilde,
e era humildemente forte.
Ela era o oeste ,o leste ,
o sul ,ela era o nosso norte.
Ela era a porta,
a entrada e a saída,
ela era a vida!
Não chamava de mainha,
mesmo porque, não dava,
com ela não combinava.
Ela era grande.
O vento forte,
ela era o forte
que nos protegia.
Era o presente
de um futuro que já existia.
Mãe, avó, irmã e tia.
Amiga dos amigos,
cobertor da noite fria,
se doava a todo mundo
e as vezes dela se esquecia.
Mãe era coragem,
uma mulher de verdades.
Mãe era um ser tão bom,
que no meu coração
deixou muita saudade!