Serpente

O nosso amor era vertigem

Pantanoso e desesperado

Fez do fel o doce

E do desfigurar a esfinge

Os teus cabelos alisavam meu desgosto

A língua palpitante e confundida

Bebeu do todo embriagada

Tempestade incessante as veias

A tua face nunca ruborizada.

Do livro Hora Tenaz

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 24/11/2007
Código do texto: T750812
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