Serpente
O nosso amor era vertigem
Pantanoso e desesperado
Fez do fel o doce
E do desfigurar a esfinge
Os teus cabelos alisavam meu desgosto
A língua palpitante e confundida
Bebeu do todo embriagada
Tempestade incessante as veias
A tua face nunca ruborizada.
Do livro Hora Tenaz