Ciúmes
CIÚMES
Quando se ama, se tem ciúmes.
Será?
Nunca acreditei nisso.
Até que ele chegou de mansinho, sorrateiro.
Ocupou um espaço que eu não sabia que existia.
Tomou forma.
Foi tirando a minha sanidade, o meu norte.
Chegou a me mostrar coisas que não existiam.
Criou verdades que só eu via.
E me apertou o coração de tal forma, que o meu ar, chegou a faltar.
Sinto que eu preciso que ele vá embora.
Que vá desnortear outro.
Pois estar na companhia do ciúme é viver um inferno que não se explica.
É amar e odiar.
É fogo e água, é guerra e paz.
E meu coração só quer voltar à calmaria.
Aquela que existia.
Antes de você.