QUANDO O SORRISO CALA A DOR

Sorri…

Dirás tu:

Isto não está para brincadeiras...

Como posso sorrir

perante o espetáculo de terror

á minha frente?

É também por isso que é preciso sorrir.

Não se sorri só de alegria,

também se sorri de tristeza,

de boas-vindas,

de compaixão.

Se a dor bate á nossa porta

É preciso recebê-la de sorriso aberto

e não de semblante carregado.

O sorriso dá calor,

aquece a alma e o coração!

Eu sei…

A conjuntura é dramática,

mas resolvemos

ou melhoramos a situação

se andarmos cabisbaixos,

chorosos,

mal humorados?

Não…

Além de não resolvermos,

complicamos.

Prejudicamos a nossa saúde;

contraímos doenças,

agravamos outras.

A hora é de ajuda,

é preciso ajudar quem precisa,

se adoecermos,

não podemos ser úteis a ninguém

e não sabemos se teremos alguém

para nos ajudar…

Por isso não devemos vacilar,

utilizando as ferramentas

que nos são inerentes

e que fomos arrecadando

ao longo do caminho

nos vários desafios que enfrentámos.

O sorriso desarma,

abre portas e aconchega.

O sorriso dá-nos força

nas situações mais inesperadas

e inusitadas

e é nessas situações

que mais precisamos ser fortes.

O choro,

suga a nossa já pouca energia.

Em certas civilizações

Ri-se quando se morre,

chora-se quando se nasce.

Na cultura a que pertenço

acontece o contrário.

Em tempos idos

contratavam-se carpideiras

para chorar os mortos.

Nem sempre quem muito chora

é quem mais sofre.

Tens medo que o Povo te julgue

porque não choras ou porque te ris?

Que se dane a convenção.

O que é importante

é o que nós sentimos

e não o que os outros pensam!

Quem vive de aparências,

está seguindo o caminho oposto

á realização pessoal,

que culmina na felicidade.

Realização pessoal ou felicidade,

passam também pela solidariedade.

Minorar o sofrimentos dos outros,

adoça o nosso próprio sofrimento.

O bem estar que sentimos,

cala por algum tempo a nossa dor.

O nosso melhor cartão de visita,

é o nosso sorriso,

franco, sincero, contagiante!

Pensa nisso!

©Maria D.Reis

20/03/22

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 22/03/2022
Código do texto: T7478541
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