Mulher uma doçura!
Mulher uma doçura!
Não há diabético que não consuma a doçura de uma mulher.
Uma fragilidade que suporta da dor do parto ao equilíbrio do salto alto.
Que trabalha duas jornadas mínimas até a terceira idade.
Que vive pros filhos, marido, abdica da vida conjugal a cuidar dos pais.
Professora por vocação, ensina, educa, catequisa, da de si e materialmente.
Economista faz do seu salário a manutenção da casa e dos mantimentos.
Dos trabalhos manuais, cozinha, lava e passa, borda e costura, sem nada cobrar.
É a primeira a se despertar e a última a se deitar, sem abdicar do seu toalete.
Suas unhas pintadas, cabelos arrumados, pés tratados, cintura ajeitada.
Perfumada à espera do seu príncipe encantado sem ver o tempo passar.
Faz da amargura da vida a doçura da esperança que tarda chegar.
É uma adoçante do velho tempo que passa levando seus últimos desejo.
Chico Luz