SÍLABA DE NINGUÉM

SÍLABA DE NINGUÉM

A sílaba dos lugares,

Como parte do nunca,

Não espera ver,

Sequer o alheio de tudo.

A igualdade, breve,

Sabe do nada,

Que não se guarda.

Apenas o espaço da verdade,

Pertence ao berço do texto.

Habitável, o nascimento vivo,

Abdica do sangue.

Distante, a estabilidade,

É o alicerce,

Da escuridão procurada por dormências.

Sublime, a luz,

Trava o aconchego frio do apelo.

A observação venda,

A defesa da entrada.

O chamado floresce,

No devastado senão das lembranças.

Por dentro de respostas próximas,

Desde sempre,

Ninguém mais pergunta.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 07/03/2022
Código do texto: T7467492
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