SÍLABA DE NINGUÉM
SÍLABA DE NINGUÉM
A sílaba dos lugares,
Como parte do nunca,
Não espera ver,
Sequer o alheio de tudo.
A igualdade, breve,
Sabe do nada,
Que não se guarda.
Apenas o espaço da verdade,
Pertence ao berço do texto.
Habitável, o nascimento vivo,
Abdica do sangue.
Distante, a estabilidade,
É o alicerce,
Da escuridão procurada por dormências.
Sublime, a luz,
Trava o aconchego frio do apelo.
A observação venda,
A defesa da entrada.
O chamado floresce,
No devastado senão das lembranças.
Por dentro de respostas próximas,
Desde sempre,
Ninguém mais pergunta.
Sofia Meireles.