Versos  de  Poeta

 

Versos embriagados escrevo agora,

Estão alinhavados a barra da saia,

Guardados no corpete próximo aos seios

Colados a pele suada de desvaneios.

 

Rebusco meio acanhada o fazer poético

Para matar o desejo do pulsante coração

Que está apertado, danado, querendo correr

Nas folhas do pensamento que solta emoção. 

 

Dar uma vontade de sair rasgando o verbo,

Trazer a luz do dia versos encantados, magia, Acrobacia, desejos dos dedos sonhados. 

Fazer versos amarrados a cor dos olhos teus,

Trançar as palavras como se fosse uma quadro abstrato ou um quadro de Pompéu.

 

Nas paredes empoeiradas das cidades brasis,

Anis, varonil que se concretizam na tinta látex,

Os versos são correntes de letras que viram sementes e brotam nas mãos os sentimentos mais diversos, nessas cidades de gênios.

 

Eles vêm a galopar e pega-me até nos sonhos

Onde chego a delirar em versos. 

Sinto febre louca que me queima por inteira,

Aí, saculejo a madrugada e encho uma folha

E meia sem ponto, sem vírgula, sem reticências,

Num folego só.....arrebenta, depois recolho-os.