Choro

Por que posso, por mais que digam que eu não deveria

Choro

Pois me privaram de sentir, construíram barreiras e alicerçaram conceitos

Aos quais não

Poderiam

Choro, lendo um livro, vendo filmes, por amor, injúrias, desilusões

Quiçá

Com poesia

Choro

Pois seu ato de minimizar a minha sexualidade

É tão fútil

Quanto o que penso

Em prol da rebelia de ser o que não sou

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 18/02/2022
Código do texto: T7455264
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