ÁGUAS
ÁGUAS
Águas
que brotam do chão
Que nascem nas
fontes da imaginação
Que resvalavam
tranquilas sem direção
Que caem do céu
dando vida ao sertão
Águas,
que nossa sede mata
Que brilham suaves ao
som da cascata
Águas
que movem moinhos
Que banham as penas
dos passarinhos
Que rolam na
face devagarinho.
Águas
que matam sem piedade
Atropelam o mundo
com ferocidade
Inundando o solo
devastando cidades
Águas que passam
Que vêm, e que vão
São águas sem máguas
Que desaguam nos leitos
Da inspiração.
SONIA BRUM