Um Certo Poeta.
Um certo dia.
Um poeta passou por aqui.
Tinha os olhos azuis.
Da cor do céu.
Veio nas asas do vento.
Recitando suas poesias.
E semeando a semente da paixão.
No fundo dos corações.
Suas poesias era quase orações.
E no falar as mais lindas palavras.
Trazia o amor em seu coração.
E seus gestos eram sempre de paz.
Mas certo dia.
Uma cigana apareceu.
Trazia em seus olhos.
O feitiço do amor.
No seu corpo enigmas e tatuagens.
Em sua alma cicatrizes saudades e dor.
Que o destino em seu caminho colocou.
E o tempo em sua vida estampou.
E em seus lábios.
O veneno da paixão.
E ao beijar o poeta.
Para sempre seu coração levou.
.
Prisioneiro para o covil do amor.
Amarrado com laços da paixão.
Tortura sem dó e sem compaixão.
Com a chibata da saudade.
E nessa eterna solidão.
Sofre calado o poeta.
A dor do desprezo.
Cicatrizes que em sua alma tatuou.
Mas jamais irá deixar de exclamar.
Durante toda a sua vida.
Em todas as suas poesias.
O quanto ama e adora a cigana.
Dedicado a Caipirinha.
Direitos Reservado ao Autor
Valentim Eccel