Um Certo Poeta.

Um certo dia.

Um poeta passou por aqui.

Tinha os olhos azuis.

Da cor do céu.

Veio nas asas do vento.

Recitando suas poesias.

E semeando a semente da paixão.

No fundo dos corações.

Suas poesias era quase orações.

E no falar as mais lindas palavras.

Trazia o amor em seu coração.

E seus gestos eram sempre de paz.

Mas certo dia.

Uma cigana apareceu.

Trazia em seus olhos.

O feitiço do amor.

No seu corpo enigmas e tatuagens.

Em sua alma cicatrizes saudades e dor.

Que o destino em seu caminho colocou.

E o tempo em sua vida estampou.

E em seus lábios.

O veneno da paixão.

E ao beijar o poeta.

Para sempre seu coração levou.

.

Prisioneiro para o covil do amor.

Amarrado com laços da paixão.

Tortura sem dó e sem compaixão.

Com a chibata da saudade.

E nessa eterna solidão.

Sofre calado o poeta.

A dor do desprezo.

Cicatrizes que em sua alma tatuou.

Mas jamais irá deixar de exclamar.

Durante toda a sua vida.

Em todas as suas poesias.

O quanto ama e adora a cigana.

Dedicado a Caipirinha.

Direitos Reservado ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 02/02/2022
Reeditado em 23/02/2023
Código do texto: T7443560
Classificação de conteúdo: seguro
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