FILOSOFIA DA NATUREZA
Não busque a segurança da prisão de qualquer certeza.
Não tente compreender o mundo,
explicar a vida,
através do dógma de qualquer verdade de ocasião.
Não se iluda com palavras de fé
e delírios de redenção.
Não existe salvação.
Há apenas a terra e o chão.
Persista radicalmente no concreto exercício de si mesmo,
na luta pela sobrevivência,
na busca e na resistência,
contra a realidade morta e abstrata
que aprendemos na escola.
Viver é vertigem, movimento,
e incerteza.
Tudo é inconstante, mutante,
experiência de um corpo vivo e intenso
que sabe sentir e criar mundos através dos afetos que nos movem
na coincidência do dentro e do fora,
na invenção do sentido,
e des-sentido,
de um dizer nômade,
que traduz um labirinto de experiências e formas
a coincidência dos opostos.
Seja corpo!
Tudo é o ludico exercício de um jogo entre a percepção e a consciência das almas das coisas.
A natureza é uma realidade viva
e em um devir infinito que nos trans-forma e informa deliciosos delírios.